No início da minha gravidez foi tudo muito confuso. Dúvidas, medos e pensamentos negativos me lavaram a pensar na loucura do aborto. Sou católica, praticante, e mãe de duas lindas crianças. Minha família é uma benção, mas a gravidez inesperada me trouxe noites a fios sem dormir, desespero e muitas lágrimas. Eu achava que abortar seria a melhor coisa a fazer. Eu já não conseguia sorrir, não queria nem arrumar meus cabelos. Acho que estava à beira de uma depressão. Meu marido, filhos, irmãos, me perguntavam o que eu tinha e eu dizia que não tinha nada. Deixei de ir à missa, de fazer minhas orações de costume porque para minha a vida já não tinha mais sentido de ser.
Eu disfarçava com roupas e outras coisas, e quando me perguntavam se eu estava grávida, irritada, respondia ‘Deus me livre’.
Meu casamento não andava bem. Eu e meus filhos já passamos por momentos horríveis com meu marido tentando contra nossas vidas quando ele bebia. E eu pensava como seria se ele voltasse a beber tendo uma criança pequena?
Quando eu cheguei no 4° mês de gravidez, fui atendida na Casa Mãe. Na verdade, eu não sabia do que se tratava. Mas foi lá que eu disse pela primeira vez que estava grávida. Naquele momento, eu pedi colo a Jesus e disse a Ele que não me abandonasse. Aquele dia eu nasci de novo e comigo toda a minha família. Fui muito bem recebida por anjos que Jesus e Maria colocaram em minha vida. Conversei, desabafei, chorei tanto que minhas lágrimas lavaram a minha alma. Me senti filha de Deus novamente.
Depois disso, liguei para o meu marido, assumi minha gravidez e tudo teve um novo sentido. Meu casamento teve uma mudança notável a partir daquele momento. Minha família vive a gostosa expectativa de ver essa benção que nascerá provavelmente no fim de abril.
Deus, obrigada por esses verdadeiros Sirineus que tomaram minhas dores em suas mãos e me fizeram ver que literalmente eu não estou sozinha. Que além da minha filha que carrego no meu ventre, tenho pessoas comigo que nem são da minha família.
Sou uma empregada doméstica, estou sendo humilhada no meu serviço e penso nas dificuldades que possa vir a ter, mas eu não estou sozinha. É impossível sentir a Maria Eduarda saltitando dentro do meu ventre sem me lembrar dessas pessoas abençoadas que Deus colocou em minha vida.
Obrigada por tudo, meu Deus, pelas pessoas que colocastes em minha vida. Obrigada pela minha família, obrigada pela Maria Eduarda.
Sei que ela é uma benção e veio me ensinar que quando Deus manda uma criança ao mundo, Ele tem o capricho de colocar em sua mãozinha um pedaço de pão e no seu coraçãozinho bênçãos dos céus. Que meu testemunho sirva para ajudar outras mamães.
Um beijo pela vida!
Diadema, SP